sábado, 12 de novembro de 2011

Os verdadeiros...

É difícil ter um muro à minha frente, saber ou ao menos imaginar que do outro lado está a felicidade... É bom sonhar que vou saltar e agarrar aquela felicidade com unhas e dentes! Mas o mais difícil de tudo é assumir o medo que tenho de saltar e não estar ninguém do outro lado para me amparar a queda...
Por ter este medo dentro de mim, eu não salto, acho que já saltei tantas vezes e já caí tantas vezes com a cabeça no chão que agora não quero arriscar.
Não pensem que apenas me refiro a amores e desamores, não na maioria das vezes estas quedas acontecem por se acreditar que se conhece as pessoas que nos rodeiam, quando na maioria das vezes não conhecemos nem a sua própria sombra... Mas há momentos em que surpreendemos os que pensam que não somos realmente o que mostramos e é nessas alturas que eu sei que posso não ser perfeita, nem perto disso, nem nunca o quero ser, mas que quando precisam de alguém, de alguém que sorria e faça coisas parvas, eu estou lá... Eu, que não chamo amor, demonstro simplesmente o quanto gosto das pessoas, eu que não quero apenas que me ajudem mas que sei que precisam de ajuda e que sempre que posso ajudo...
Na amizade e em tudo na vida é preciso saber que merecemos receber mas que para isso temos também de dar! E dar, não significa que seja apenas nos bons momentos pois nos bons momentos, quando sorrimos estão todos os que se dizem amigos, também é preciso dar nos maus momentos, quando todos desaparecem, dar uma ombro para chorar, deixar de dormir apenas porque o outro está mal e precisa de apoio, de colo, esperando que ele adormeça e só depois pensarmos em nós mesmos!
Só assim seremos tão bons para os outros como para nós próprios, só assim seremos verdadeiros amigos, sem exigir nada ao outro e dando tudo o que temos de bom em nós!
Os verdadeiros são, para mim, assim... São poucos? Sem dúvida, mas bons e principalmente verdadeiros e únicos!

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Recomeço

Continuo aqui sentada,
Sem saber se ficar ou seguir,
Esta incerteza consome-me,
Leva-me a deixar de me sentir bem!
Hoje, sei que quero ficar,
Mas sinto que devo ir.
Ir, não sei para onde
Mas certamente será longe,
Pressinto que me espera algo distante.
Distante não significa mau,
Mas apenas algo que levará muito tempo,
Será sem duvida algo muito bom,
Algo que há muito espero
E que me parece que há muito
Me espera também!
Hoje ainda não vou,
Amanha, talvez parta.
Mas é certo, quando chegar
Escreverei, como sempre,
Para que saibam como é
Correr atrás de algo que se deseja!

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Novos horizontes

Hoje só procuro o meu lugar, o meu canto neste mundo de loucos. Sempre pensei que esse lugar fosse aquele em que me encontro e me sinto bem, confortável e feliz, só agora me apercebi que afinal esse não é o meu lugar e que vivi enganada durante grande parte do tempo que já vivi.
Olho em redor e vejo tuda a gente a sorrir, será que todos encontraram o seu lugar? Ou será que vivem iludidos com essa ideia? É nesta altura que surgem muitas perguntas para as quais raramente se encontram respostas.
Avisto um novo horizonte, não sei se é neste que vou ficar, mas sento-me e vivo, sem criar grandes esperanças de ficar por aqui, vou viver a felicidade que existe aqui, um dia se me parecer certo vou levantar-me e seguir viagem, como se nada me prendesse a este horizonte, por mais que queira ficar!
 Sou frágil, talvez aos olhos de alguns, mas pensando bem, todos nós precisamos de o ser alguma vez na nossa vida, pois dessa forma recebemos algum carinho, alguns sorrisos e acabamos por dar a essas pessoas um pouco de nós, do nosso brilho próprio!
Por agora, sou feliz neste horizonte, tenho vontade de sorrir, tenho quem me faça sorrir, quem me dê vontade de acordar dia após dia só para receber o brilho e a essência dessas pessoas mas também para partilhar a minha! No dia em que nada disto fizer mais sentido para mim, vou continuar o meu caminho e procurar um novo horizonte e recomeçar tudo novamente, sempre recordando os bons momentos e as boas pessoas que se cruzaram comigo, mas também sem nunca esquecer nos erros em que caiu, para que num novo local, um novo horizonte, não os volte a cometer...

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Amor ou pura loucura?

As vezes penso em ti, vou a lua e volto, quando volto apenas quero poder abraça-te, ver-te somente seria bom... Sempre que penso em ti sei que estás bem longe e será impossível um dia estares ao meu lado, como vou sonhando diariamente...
Há momentos em que sinto que uma palavra podia mudar tuda a tua expressão, mudar tudo o que se vê à primeira vista. Hoje sinto que quero voltar ao ontem para voltar a estar de novo entre os teus braços, sorrir e ficar corada mais uma vez, desta vez juro que não volto a fugir de ti...
Começo a criar, juntar as letras e os sentimentos sem saber qual deles é mais real e verdadeiro, arrisco-me a quebrar o teu silêncio, a fazer-te falar, sem saber se vais dizer algo que eu espero!
Preciso do teu sorriso rasgado para me sentir completa, preciso de te ver para poder dizer-te que não sei o que se passa comigo e não sei o que isso provoca em ti!
Essencial é dizer que gosto de ti, do teu sorriso, dos teus olhos que me cativam cada dia mais e mais!
Acho que estou a enlouquecer, é impossível não estar, não existe um momento do meu dia em que eu não pense em ti, não te queria aqui. Não pode ser amor, não há nada igual a amor no que sinto, mas é o amor é algo assim tão complicado de definir e de entender, não sou eu, uma simples miúda que o vai entender assim tão facilmente... Parece-me fácil de compreender que se isto que sinto não é amor, é sem duvida a mais pura loucura, e deixem-me salientar que se todas as formas de loucura forem assim os loucos são sem dúvida muito felizes, porque se estou realmente louca garanto-vos que estou ainda mais feliz e quero viver para o resto da minha vida esta enorme loucura em que estou!

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Dá que pensar...

O sofrimento humano é doloroso, mas há sempre uma palavra reconfortante, um abraço caloroso que abate um pouco essa dor, mas quando se trata do sofrimento animal, tudo é mais complicado...
 As palavras não têm sentido e os carinhos são meros actos de quem não percebe a dor do seu pequeno amiguinho...
Hoje senti-me tão impotente face ao sofrimento de um amiguinho de quatro patas... Até parece ridículo mas perante tal sofrimento a única coisa que me passava pela cabeça era que no mundo existem pessoas que tratam mal os seus próprios animais e no final ainda tiram prazer disso! Só não consigo encontrar consciência nessas pessoas, e dou comigo a pensar no que é que aconteceria se por algum motivo os papeis se invertessem. Se numa próxima vida essas pessoas fossem também eles animais e existissem pessoas com o mesmo pensamento e atitude cruel, que estas tiveram numa vida passada!
Diferentemente dessas pessoas ignorantes e insensíveis, eu hoje vi um dos meus amiguinhos sofrer, sei que agora ele está bem melhor, que sofreu para ser tratado, para ficar bom, para poder brincar e ir à rua com os outros, mas mesmo assim chorei e entrei em pânico por o sentir e ouvir sofrer, mas pior ainda é saber que não posso fazer nada para diminuir todo aquele sofrimento.
As vezes dá-me para pensar que há pessoas que mereciam mais o sofrimento, do que os nossos pequenos amiguinhos, mas isso são apenas os meus loucos delírios, porque no mundo real é mais fácil sofrer quem não merece do que quem realmente merece!  

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Espero por ti!

Sento-me num café,
Olho em redor
E vejo toda a gente a sorrir,
Só depois de observar o sorriso de cada um
É que reparo, que bem ao meu lado,
Existe uma mesa vazia,
Com uma cadeira afastada,
Como se espera-se alguém.
Nesse momento não me apercebi
Que a pessoa que iria, em breve, ocupar aquela cadeira,
Viria entrar na minha história.
Até ao momento em que tu
Entras-te neste mesmo café
E te sentas-te na cadeira que eu hoje ocupo.
Hoje voltei para te recordar,
A ti e ao momento mágico
Que nunca chegou a existir!

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Entre o sonho e a realidade

Volto a casa,
Com a certeza de que errei,
Mas sem dar um passo atrás,
Sempre de sorriso nos lábios...
Errei e pouco mais há a dizer,
Sinto-te bem aqui ao lado,
Mas desconheço o sítio exacto
Em que te poderei voltar a encontrar...
Sei que é possível,
Porque quando nos sentimos assim,
Nada é impossível,
Pois apesar do tempo e da distância
Pouco mudou do que éramos...
E hoje continuo com a certeza
De que há-de ser o amor a matar-me,
E já que não morri ainda,
Deixa-me morrer nos teu braços,
Algures entre o sonho e a realidade...

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Recordação do que eras

Sento-me neste degrau,
Frio e suja da vida...
Olho-te e não sei que pensar,
Ainda ontem em embalavas no teu doce olhar,
Vindo desses olhos negros,
E agora, aqui sentada,
Longe desse teu olhar que me enlouquece,
Sinto-te outra pessoa,
Outro ser que não reconheço...
Não reparas, mas eu olho-te
E choro, choro por ter parado, hoje,
Neste degrau tão frio e sujo da minha vida,
Que és tu!
Agora sorris e olhas-me,
Nada em mim muda,
Continuo sentada, aqui,
Com as lágrimas no rosto,
Não me invade aquela vontade
De roubar o tempo ao mundo para te abraçar...

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Promessas esquecidas??

Fizeste-me uma promessa naquela noite, juras-te cumpri-la e fizeste-me jurar o mesmo... Mas hoje parece que já não te lembras, tudo bem, nem sempre podemos recordar tudo mas acredito que eu dia voltes a pensar no que disses-te, só espero que não te arrependas, pois eu continuo a cumprir o que te prometi...
Eu estou sempre aqui, nem que seja bem escondida com muita gente a minha frente, mas quando precisares de chorar, estarei cá, para isso e muito mais...
Custar-me ver-te sorrir e ver tantas pessoas à minha frente, para quem diriges esse sorriso, lembras? Há pouco tempo eu estava na fila da frente, e na maioria das vezes eu sorria contigo? Sempre me agradeces-te por ser eu mesma contigo, por partilhar momentos, alegrias, dúvidas e devaneios contigo...
Agora ainda aqui estou para partilhar tudo isso, não estou no mesmo sítio, mas isso foi uma escolha tua, quando me apercebi, já não eras a mesma pessoa, já não te importavas com as minhas lágrimas, nem com os meus sorrisos!
Há uns tempos ouvi-te afirmar que os amigos ficavam contigo e continuavam na tua vida nesta etapa e na próxima, eu estive la quando tu choras-te, quando gritas-te e porque não posso estar, da mesma forma, agora que sorris para tudo e todos, excepto eu??
 Dizias que eu era uma das pessoas que ia lá estar sempre, e porque que eu agora me sinto completamente há parte do teu mundo?
Tenho tantas perguntas para ti, e tu já nem me olhas nos olhos... Há momentos eu que não sei se és realmente tu. Sinto que já não estás cá para me responder, nem para me dar um sorriso bom agora que mais preciso...
Dei-te a mão uma vez, e outra, e outra, e podes confiar que o fazia novamente, porque apesar de já me teres feito chorar muito, sei que um dia vai voltar tudo ao que era! Não me arrependo de tudo o que dei de mim pela nossa amizade, não quero nada em troca, apenas gostaria de voltar ao passado, mas como é impossível, espero apenas que um dia tudo volte ao que era...
Gosto de ti, do teu sorriso, da tua maneira de ser... E tenho saudade do que éramos juntas, das loucuras, das gargalhadas... De tudo...

domingo, 15 de maio de 2011

Perdida

Entre árvores e sons,
Águas e luzes,
Animais e cheiros…
Tudo me é desconhecido, nem o caminho para asir daqui sei…
Não sinto medo,
Todo este ambiente parece que me acolhe,
Fazendo parte dele…
Estou perdida,
E tu já não fazes parte deste sonho,
Talvez já nem deste mundo,
Onde estás tu?
Sinto-me perdida e desamparada.
E de ti nada sei,
 Nem as tuas palavras me confortam agora…
Como podes tu existir hoje tão presentemente na minha vida,
E tão rapidamente deixares simplesmente de existir?      
Estou perdida dentro da minha própria vida,
E, ainda mais, dentro da tua existência dentro dela!

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Quero viajar

Quero viajar
Na cidade onde se fazem os sonhos,
Sonhar com o doce dos teus beijos,
O calor do teu abraço que me enlouquece
A cada momento que o sinto ou recordo!
Quero viajar por aqui e por além,
Conhecer o teu corpo
Tal e qual como conheço o meu,
E enlouquecer a cada milímetro que vou conhecendo,
Sentir-me dona de todo ele...
Como eu te gosto...
Quero viajar e conhecer
As estrelas, a lua e o mundo contigo,
Reviver a loucura de te beijar
Quando e onde menos se espera,
Sentir aquele arrepio que me provocas
E aquele receio de sermos apanhados...
Quero viver na cidade dos sonhos,
Num mundo real, contigo!

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Praia da saudade

Passear aqui e ali,
Sorrir como se o vento não me toca-se
Ver-te sorrir ao meu lado,
Depois de tanto tempo longe de ti...
Sentir esta areia fria e macia nos meus pés,
Sentir a tua mão quente junto da minha,
Sentir aquele abraço sincero e carinhoso
De um irmão que sempre quis
Mas nunca tive...
Vieste de longe para simplesmente me chamares:
“A minha pequena”!
Esta brisa que sempre me faz sorrir,
E pensar em todos os bons momentos que vivemos aqui
Esta é sem duvida a praia da saudade,
A praia onde eu mato sempre saudades tuas!

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Quero fugir...

Sinto-me perdida num meio de um monte de estranhos,
Falta-me tudo o que antigamente me fazia rir,
Quero fugir e nunca mais cá voltar,
Quero fugir com a certeza que no local para onde irei,
Tu serás a melhor parte dele...
Quero para sempre aquele sorriso
Aquele cheiro...
O teu sorriso bem perto do meu,
O teu cheiro sempre entranhado no meu corpo,
Sem fazer distinções entre eles,
Simplesmente achando-os perfeitos juntos!
Quero sentir novamente aquele arrepio,
Que sei que só tu sabes provocar,
Quero as tuas mãos, os teu lábios, a tua voz,
E tudo aquilo o que naquele momento senti meu!
Quero (e desculpa a sinceridade matinal)
Tudo aquilo que tu és,
Simplificando (se possível), QUERO-TE!

Um apagão

Aquela luz que me liga a ti
Hoje ficou sem força pra brilhar
Aquele carinho que só tu sabias dar
Desapareceu, já nem o teu sorriso para mim é o mesmo…
Hoje sinto que o chão me foge,
Pouco mais me apetece do que fechar
Os olhos e pensar que pouco disto será real.
E tu és exactamente a mesma pessoa que eras ontem…
Onde estás tu, meu anjo da guarda?
Diz-me que tudo aquilo era real,
Que eras tu e não apenas uma ilusão sem sentido!
Tenho saudades da pessoa que conheci
E que pensei que fosses tu…
Tenho saudades de tudo o que te dava,
De tudo o que me davas.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Devaneios IV

Da janela do meu quarto
Vi-te, olhei-te e amei-te,
Amei-te no primeiro dia
Tal como te amo hoje
Mesmo desconhecendo o teu paradeiro!
Desde do dia em que partis-te
Que de ti nada sei,
Prometeste-me que estarias sempre perto,
Que este amor, que nasceu
Apesar de todos os contratempos,
Não se perderia só por não estares!
E agora nem uma letra
Recebo de ti,
Onde estás tu?
Longe de mim,
Perdido em algum recanto deste mundo
Tão louco e tão frenético.
Ou simplesmente preso
Na minha louca imaginação!

terça-feira, 19 de abril de 2011

Esse olhar...

Faltas tu
Entre todos estes olhares,
Que pousam sobre mim
Quando me deito!
Todos me olham,
Poucos se importam,
Sinto a falta desse teu olhar
Desse sorriso que me lanças
Quando simplesmente o teu olhar cai sobre mim!
Sinto que não me abandonas-te,
Mas também não estás aqui
Neste espaço que sempre guardo
Na esperança que uma destas
Noites estejas aqui, junto de mim...
Mas tudo isto são sonhos impossíveis,
Para mim a simplicidade do teu olhar
E aquele sorriso que só tu podes exibir
Já me faria feliz
Até ao dia em que te possa abraçar,
Eternamente!

oh mar...

Observo o mar, como se ele me pudesse abraçar, sinto-o distante mesmo estando a milímetros dele. Aqui sentada, observo as ondas irem e virem como se quisessem atacar-me e levar-me, levanto-me e tento afastar-me mas ele puxa-me com uma força a qual eu não consigo resistir! Deixo-me ir, não sei para onde vou, simplesmente desisto pois não tenho possibilidades de vencer esta pequena batalhar da vida!
Para onde irei? Não sei, nem tenho certeza se chegarei a algum lugar viva. Se não chegar pelo menos sentirei que a vida me fez feliz por terminar junto de algo que eu sempre adorei e sem medos! O mar...
Esta paixão que por ele tenho e que não me deixa afastar dele, não é homem, não é animal, mas tem, a meus olhos, características de homem e animal! Tanto sorri, como chora, tanto é brutesco, como carinhoso e calmo... Por todo isso amo-o e não sei passar muito tempo sem ele, e também por isso, me deixo levar por ele, sem medos e sem gritos...
Fecho os olhos e deixo-me abraçar por ele, como é bom sentir estes enormes braços envolver-me...
Vou sem saber o destino, mas que importa isso? Saber ou não o destino não muda nada, simplesmente deixo-me ir... Observo o que nunca pensei existe, encontro-me no fundo do mar, onde não existem apenas peixes nem corais, existe amor e muita luz, uma luz que quase me cega de tão pura e brilhante que é! Como é belo e perfeito...
Não quero que me leves daqui, não quero voltar ao meu mundo, deixa-me viver aqui para sempre ao teu lado... Quero para sempre viver este sonho em que me encontro, mas tu puxas-me de volta para a terra, para a realidade...
Estou novamente sentada naquela rocha a olhar-te e tu vens e vais, tal como me levaste e trouxe-te...
Oh mar porque não me deixas-te viver esse sonho? Acordei e não te vi nem te senti!
“Onde estás tu?”

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Um abraço...

Vou deixar correr
Ao sabor do vento...
Amar, sorrir, ser feliz,
Esperar que tudo se desenvolva
Naturalmente como uma flor
Na Primavera!
Gosto de ti,
E tu sabes...
Não me atrevo a procurar-te,
Nem a pedir-te algo mais;
Sinto que no melhor e
No pior do que existem entre nós
Já somos mais do que perfeitos:
“ Somos perfeitos com todos os nossos defeitos!”
Não procuro um desfecho
Para esta minha história,
Não espero que tu o faças,
Simplesmente espero pelo seu desfecho natural!
Vou esperar que chegues
E que me abraces,
Depois até as palavras serão inúteis,
Só tu darás significado as coisas!

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Devaneios III

Observo-te
Estás tão longe e tão perto,
Estendo a mão e toco-te,
Eu sinto, tu não...
Porquê?
“Cada ser tem o ser segredo!”
Este é o meu,
Sinto-te mesmo onde não existes!
Nutro por ti um sentimento inexplicável,
Que cria em mim uma luz...
Luz essa, que um dia
Vamos transformar na nossa particular aparição.
Meu querido, não procures
O amor no caminho que ele não tem,
Simplesmente, não procures,
Deixa ser ele a encontrar-te,
Pois cada amor tem o
Seu código intransmissível
E por mais que desejes encontra-lo
Ele só aparecerá no momento certo,
Antes serão apenas ilusões!



segunda-feira, 11 de abril de 2011

Anjo-da-guarda

Vejo-te avançar,
De olhos postos no céu,
Mais nada te importa
Só contemplar a beleza do azul cristalino...
De repente vejo teu pé direito no ar
Sobre o precipício:
Grito e corro para ti,
Abraço-te pelas costa,
Cais sobre mim
Sem perceberes bem o que se passa!
Olhas-me como se fosse uma aparição,
 O sol incide fortemente no teu rosto
E eu não consigo perceber bem no que pensas...
Abraças-me com uma força desumana
Mas carinhosa
E finalmente vejo-te o rosto!
Apenas te ouço perguntar.
“Como te chamas, anjo-da-guarda?”

sábado, 9 de abril de 2011

Olhar-te

À minha frente encontro
Muitas caras, muitos olhares
Procuro-te,
Sei que estás cá,
Sinto-te perto
Mas não te encontro.
Olho em volta,
Procuro-te novamente,
É impossível resistir a esta atracção,
Oiço-te e olho-te.
Lá estás tu
Como sempre sorridente,
Não me vês e eu continuo a olhar-te,
Sorris com um brilho no olhar!
Reparas que te olho,
Olhas e vens
Paras e voltas a olhar-me
Sem nada para dizer
Abraças-me e sorris!

Devaneios II

És uma viagem
Sem inicio
Nem fim...
És rio
Sem nascente,
Sem foz,
Sem água,
Nem seres...
Tu és nada,
Tu és tudo,
Tu és inicio e fim,
És lágrima e
Sorriso!
Tu és simplesmente único,
Especial e insubstituível!
És lobo mau
E principezinho,
És a chuva e o sol,
O bom e o mau,
O quente e o frio!
És a minha loucura
E a minha lucidez!
És apenas o caminho
Em que eu quero seguir!

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Onde está...


Porque olho para ti e não sinto nada? Para onde foi tudo aquele amor que me fazia sentir a pessoa especial no meio de milhares? Onde está aquele amor que me fez fazer todas aquelas loucuras só para poder estar contigo mais uma vez? Como morreu tudo sem mais nem menos, agora até a amizade de juramos manter é instável... Ai como te vou explicar isso, se tu ainda estás tão preso ao passado? Já não és o meu príncipe encantado, não como antigamente, não para me fazer rir ou chorar como só tu fazias... E porque? Não sei, e isso é o que custa mais, ver o amor que eu julgava infinito, mesmo depois da nossa separação, terminar sem mais nem menos.
Não era assim que vi o nosso amor terminar, não era assim que via aquele efeito que tinhas em mim terminar, não era assim não, porque nunca pensei que ele fosse terminar, sempre pensei amar-te mesmo quando te senti mais distante ou mais perdido do que era a nossa relação.
Olho para trás e sinto que muito ficou por dizer e fazer, muitos dos nossos desejos não foram expressos nem realizados! Sinto que agora é tarde, que a maioria deles já morreram e que os outros foram levados pelo vento, que simplesmente o nosso momento já passou, mas tu não entendes isso e eu não encontro forma de me expressar sem te fazer sofrer!
Passas o tempo a sentir a minha indiferença, mas esta é a única maneira que eu tenho para te dizer que as coisas mudaram, que o meu amor por ti já não é a única coisa que me faz feliz, que já não te amo!
Oiço-te e assustas-me, já não és a pessoa que conheci, és bruto na forma como e expressas, não podes simplesmente partir para um tom mais elevado só porque as coisas não correm a teu gosto! Sempre estive aqui para ti, para tudo, mas não admito que simplesmente descarregues toda essa tua raiva em mim!
Sempre estive aqui e estarei aqui, como tua amiga, ou ombro amigo, mas não como saco de pancada!
Estou feliz e sorriu, mas tenho pena que não sintas o mesmo, que não percebas que é a única forma de não perdemos o pouco que ainda resta da nossa amizade! E quando perceberes vais sorrir e eu já não serei tanto para ti, serei apenas uma amiga com quem tens um passado em comum!
Quero-te ver sorrir...

segunda-feira, 4 de abril de 2011

De volta...

Lá fora a chuva cai, e eu continuo aqui sentada a vê-la cair na esperança que tu chegues e me tires deste pesadelo.
Pouco a pouco os meus olhos tornaram-se maia e mais pesados, pouco demoram a fechar-se por completo, é o fim da minha esperança.
Tu chegas, eu durmo, paras o carro e sobes, bates mas eu continuo a dormir! Insistes e eu acordo com o teu bater brusco na porta, corro para abrir e lá estás tu, à chuva como sempre!
Que lindo que estás, a chuva sempre te favoreceu a cara, mas principalmente os olhos! Eu olho-te à porta, debaixo de chuva e não digo nada, não sei que dizer! E tu sorris, com esse enorme sorriso que só em ti conheço!
“Tinha saudades tuas!”
E tu voltas a sorrir, como se a chuva não te tocasse, não pedes para entrar nem tentas entrar! Pegas na minha mão e fazes-me sair sem sequer te perguntar qual seria o destino, simplesmente fecho a porta e agarro a tua mão com anda mais força! Não podes imaginar o quanto és importante...
Queres que entre no carro, e não precisas de palavras para me fazeres entender isso, eu entro e tu ficas a olhar-me como se fosse a primeira vez que eu estou aqui sentada!
Pouco depois estamos a andar, eu não sei para onde, mas não te pergunto, confio em ti, e se voltas-te depois de tanto tempo longe é porque tens algo importante para me dizer! Mesmo sem te perguntar onde me levas, sinto que só pode ser a um sítio, ao nosso sítio, à nossa praia...
Rapidamente lembro-me de todas as outras viagens que fizemos, estou aqui sentada ao teu lado mas apenas o meu corpo, pois eu estou a viver o passado, a sentir o teu beijo e o teu toque...
Reconheço tudo isto, que saudades que tinha de ver isto ao teu lado... Desde que aqui passamos juntos nunca mais voltei, esta viagem é uma coisa muito nossa, impossível de se fazer de outra maneira...
“Chegamos...”
Sorriu, sempre foste de poucas palavras, poucas mas claras, só com uma palavra tua percebi que tinhas tanto receio do que podia acontecer como eu, e penso “não tenhas, se voltas-te e se eu te aceitei de volta é porque não tinha que terminar!”
Voltas a pegar-me na mão e juntos caminhamos pela fina areia da praia, e chove, chove muito, por isso não há mais ninguém aqui, só eu, tu e o mar!
Tenho tanto para te dizer não sei por onde começar, quero dizer-te o quanto é bom estar aqui outra vez contigo, que tive saudades, que nunca pensei que volta-se...
“Eu nem sei...”
E tu calaste-me, beijaste-me como há muito não o fazias, senti um enorme arrepio percorrer-me e senti aquela adrenalina de quem pisa o risco! Percebi que não queres que fale, queres que viva o momento sem o modificar com palavras.
Tu sorris de uma forma diferente, não encontro significado para esse sorriso... A chuva cada vez é mais mas isso parece não te afectar. De repente sinto a tua mão largar a minha e vejo-te correr para o mar... Fico parada a ver-te mergulhar, tu sorris e chamas-me para junto de ti, mantenho-me parada e tu voltas...
Abraças-me, beijas-me e quando dor por mim estou a sentir as ondas no meu corpo e tu bem perto de mim, sorris...
“Não tenhas medo...”
E eu calo-te, beijo-te e sorriu, querias com tudo isto que confiasse em ti e eu sempre confiei... Abraças-me e aqui ficamos, durante horas, onde ninguém nos separa...
A chuva cai e nós sorrimos...