sábado, 12 de novembro de 2011

Os verdadeiros...

É difícil ter um muro à minha frente, saber ou ao menos imaginar que do outro lado está a felicidade... É bom sonhar que vou saltar e agarrar aquela felicidade com unhas e dentes! Mas o mais difícil de tudo é assumir o medo que tenho de saltar e não estar ninguém do outro lado para me amparar a queda...
Por ter este medo dentro de mim, eu não salto, acho que já saltei tantas vezes e já caí tantas vezes com a cabeça no chão que agora não quero arriscar.
Não pensem que apenas me refiro a amores e desamores, não na maioria das vezes estas quedas acontecem por se acreditar que se conhece as pessoas que nos rodeiam, quando na maioria das vezes não conhecemos nem a sua própria sombra... Mas há momentos em que surpreendemos os que pensam que não somos realmente o que mostramos e é nessas alturas que eu sei que posso não ser perfeita, nem perto disso, nem nunca o quero ser, mas que quando precisam de alguém, de alguém que sorria e faça coisas parvas, eu estou lá... Eu, que não chamo amor, demonstro simplesmente o quanto gosto das pessoas, eu que não quero apenas que me ajudem mas que sei que precisam de ajuda e que sempre que posso ajudo...
Na amizade e em tudo na vida é preciso saber que merecemos receber mas que para isso temos também de dar! E dar, não significa que seja apenas nos bons momentos pois nos bons momentos, quando sorrimos estão todos os que se dizem amigos, também é preciso dar nos maus momentos, quando todos desaparecem, dar uma ombro para chorar, deixar de dormir apenas porque o outro está mal e precisa de apoio, de colo, esperando que ele adormeça e só depois pensarmos em nós mesmos!
Só assim seremos tão bons para os outros como para nós próprios, só assim seremos verdadeiros amigos, sem exigir nada ao outro e dando tudo o que temos de bom em nós!
Os verdadeiros são, para mim, assim... São poucos? Sem dúvida, mas bons e principalmente verdadeiros e únicos!