quinta-feira, 28 de abril de 2011

Quero fugir...

Sinto-me perdida num meio de um monte de estranhos,
Falta-me tudo o que antigamente me fazia rir,
Quero fugir e nunca mais cá voltar,
Quero fugir com a certeza que no local para onde irei,
Tu serás a melhor parte dele...
Quero para sempre aquele sorriso
Aquele cheiro...
O teu sorriso bem perto do meu,
O teu cheiro sempre entranhado no meu corpo,
Sem fazer distinções entre eles,
Simplesmente achando-os perfeitos juntos!
Quero sentir novamente aquele arrepio,
Que sei que só tu sabes provocar,
Quero as tuas mãos, os teu lábios, a tua voz,
E tudo aquilo o que naquele momento senti meu!
Quero (e desculpa a sinceridade matinal)
Tudo aquilo que tu és,
Simplificando (se possível), QUERO-TE!

Um apagão

Aquela luz que me liga a ti
Hoje ficou sem força pra brilhar
Aquele carinho que só tu sabias dar
Desapareceu, já nem o teu sorriso para mim é o mesmo…
Hoje sinto que o chão me foge,
Pouco mais me apetece do que fechar
Os olhos e pensar que pouco disto será real.
E tu és exactamente a mesma pessoa que eras ontem…
Onde estás tu, meu anjo da guarda?
Diz-me que tudo aquilo era real,
Que eras tu e não apenas uma ilusão sem sentido!
Tenho saudades da pessoa que conheci
E que pensei que fosses tu…
Tenho saudades de tudo o que te dava,
De tudo o que me davas.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Devaneios IV

Da janela do meu quarto
Vi-te, olhei-te e amei-te,
Amei-te no primeiro dia
Tal como te amo hoje
Mesmo desconhecendo o teu paradeiro!
Desde do dia em que partis-te
Que de ti nada sei,
Prometeste-me que estarias sempre perto,
Que este amor, que nasceu
Apesar de todos os contratempos,
Não se perderia só por não estares!
E agora nem uma letra
Recebo de ti,
Onde estás tu?
Longe de mim,
Perdido em algum recanto deste mundo
Tão louco e tão frenético.
Ou simplesmente preso
Na minha louca imaginação!

terça-feira, 19 de abril de 2011

Esse olhar...

Faltas tu
Entre todos estes olhares,
Que pousam sobre mim
Quando me deito!
Todos me olham,
Poucos se importam,
Sinto a falta desse teu olhar
Desse sorriso que me lanças
Quando simplesmente o teu olhar cai sobre mim!
Sinto que não me abandonas-te,
Mas também não estás aqui
Neste espaço que sempre guardo
Na esperança que uma destas
Noites estejas aqui, junto de mim...
Mas tudo isto são sonhos impossíveis,
Para mim a simplicidade do teu olhar
E aquele sorriso que só tu podes exibir
Já me faria feliz
Até ao dia em que te possa abraçar,
Eternamente!

oh mar...

Observo o mar, como se ele me pudesse abraçar, sinto-o distante mesmo estando a milímetros dele. Aqui sentada, observo as ondas irem e virem como se quisessem atacar-me e levar-me, levanto-me e tento afastar-me mas ele puxa-me com uma força a qual eu não consigo resistir! Deixo-me ir, não sei para onde vou, simplesmente desisto pois não tenho possibilidades de vencer esta pequena batalhar da vida!
Para onde irei? Não sei, nem tenho certeza se chegarei a algum lugar viva. Se não chegar pelo menos sentirei que a vida me fez feliz por terminar junto de algo que eu sempre adorei e sem medos! O mar...
Esta paixão que por ele tenho e que não me deixa afastar dele, não é homem, não é animal, mas tem, a meus olhos, características de homem e animal! Tanto sorri, como chora, tanto é brutesco, como carinhoso e calmo... Por todo isso amo-o e não sei passar muito tempo sem ele, e também por isso, me deixo levar por ele, sem medos e sem gritos...
Fecho os olhos e deixo-me abraçar por ele, como é bom sentir estes enormes braços envolver-me...
Vou sem saber o destino, mas que importa isso? Saber ou não o destino não muda nada, simplesmente deixo-me ir... Observo o que nunca pensei existe, encontro-me no fundo do mar, onde não existem apenas peixes nem corais, existe amor e muita luz, uma luz que quase me cega de tão pura e brilhante que é! Como é belo e perfeito...
Não quero que me leves daqui, não quero voltar ao meu mundo, deixa-me viver aqui para sempre ao teu lado... Quero para sempre viver este sonho em que me encontro, mas tu puxas-me de volta para a terra, para a realidade...
Estou novamente sentada naquela rocha a olhar-te e tu vens e vais, tal como me levaste e trouxe-te...
Oh mar porque não me deixas-te viver esse sonho? Acordei e não te vi nem te senti!
“Onde estás tu?”

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Um abraço...

Vou deixar correr
Ao sabor do vento...
Amar, sorrir, ser feliz,
Esperar que tudo se desenvolva
Naturalmente como uma flor
Na Primavera!
Gosto de ti,
E tu sabes...
Não me atrevo a procurar-te,
Nem a pedir-te algo mais;
Sinto que no melhor e
No pior do que existem entre nós
Já somos mais do que perfeitos:
“ Somos perfeitos com todos os nossos defeitos!”
Não procuro um desfecho
Para esta minha história,
Não espero que tu o faças,
Simplesmente espero pelo seu desfecho natural!
Vou esperar que chegues
E que me abraces,
Depois até as palavras serão inúteis,
Só tu darás significado as coisas!

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Devaneios III

Observo-te
Estás tão longe e tão perto,
Estendo a mão e toco-te,
Eu sinto, tu não...
Porquê?
“Cada ser tem o ser segredo!”
Este é o meu,
Sinto-te mesmo onde não existes!
Nutro por ti um sentimento inexplicável,
Que cria em mim uma luz...
Luz essa, que um dia
Vamos transformar na nossa particular aparição.
Meu querido, não procures
O amor no caminho que ele não tem,
Simplesmente, não procures,
Deixa ser ele a encontrar-te,
Pois cada amor tem o
Seu código intransmissível
E por mais que desejes encontra-lo
Ele só aparecerá no momento certo,
Antes serão apenas ilusões!



segunda-feira, 11 de abril de 2011

Anjo-da-guarda

Vejo-te avançar,
De olhos postos no céu,
Mais nada te importa
Só contemplar a beleza do azul cristalino...
De repente vejo teu pé direito no ar
Sobre o precipício:
Grito e corro para ti,
Abraço-te pelas costa,
Cais sobre mim
Sem perceberes bem o que se passa!
Olhas-me como se fosse uma aparição,
 O sol incide fortemente no teu rosto
E eu não consigo perceber bem no que pensas...
Abraças-me com uma força desumana
Mas carinhosa
E finalmente vejo-te o rosto!
Apenas te ouço perguntar.
“Como te chamas, anjo-da-guarda?”

sábado, 9 de abril de 2011

Olhar-te

À minha frente encontro
Muitas caras, muitos olhares
Procuro-te,
Sei que estás cá,
Sinto-te perto
Mas não te encontro.
Olho em volta,
Procuro-te novamente,
É impossível resistir a esta atracção,
Oiço-te e olho-te.
Lá estás tu
Como sempre sorridente,
Não me vês e eu continuo a olhar-te,
Sorris com um brilho no olhar!
Reparas que te olho,
Olhas e vens
Paras e voltas a olhar-me
Sem nada para dizer
Abraças-me e sorris!

Devaneios II

És uma viagem
Sem inicio
Nem fim...
És rio
Sem nascente,
Sem foz,
Sem água,
Nem seres...
Tu és nada,
Tu és tudo,
Tu és inicio e fim,
És lágrima e
Sorriso!
Tu és simplesmente único,
Especial e insubstituível!
És lobo mau
E principezinho,
És a chuva e o sol,
O bom e o mau,
O quente e o frio!
És a minha loucura
E a minha lucidez!
És apenas o caminho
Em que eu quero seguir!

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Onde está...


Porque olho para ti e não sinto nada? Para onde foi tudo aquele amor que me fazia sentir a pessoa especial no meio de milhares? Onde está aquele amor que me fez fazer todas aquelas loucuras só para poder estar contigo mais uma vez? Como morreu tudo sem mais nem menos, agora até a amizade de juramos manter é instável... Ai como te vou explicar isso, se tu ainda estás tão preso ao passado? Já não és o meu príncipe encantado, não como antigamente, não para me fazer rir ou chorar como só tu fazias... E porque? Não sei, e isso é o que custa mais, ver o amor que eu julgava infinito, mesmo depois da nossa separação, terminar sem mais nem menos.
Não era assim que vi o nosso amor terminar, não era assim que via aquele efeito que tinhas em mim terminar, não era assim não, porque nunca pensei que ele fosse terminar, sempre pensei amar-te mesmo quando te senti mais distante ou mais perdido do que era a nossa relação.
Olho para trás e sinto que muito ficou por dizer e fazer, muitos dos nossos desejos não foram expressos nem realizados! Sinto que agora é tarde, que a maioria deles já morreram e que os outros foram levados pelo vento, que simplesmente o nosso momento já passou, mas tu não entendes isso e eu não encontro forma de me expressar sem te fazer sofrer!
Passas o tempo a sentir a minha indiferença, mas esta é a única maneira que eu tenho para te dizer que as coisas mudaram, que o meu amor por ti já não é a única coisa que me faz feliz, que já não te amo!
Oiço-te e assustas-me, já não és a pessoa que conheci, és bruto na forma como e expressas, não podes simplesmente partir para um tom mais elevado só porque as coisas não correm a teu gosto! Sempre estive aqui para ti, para tudo, mas não admito que simplesmente descarregues toda essa tua raiva em mim!
Sempre estive aqui e estarei aqui, como tua amiga, ou ombro amigo, mas não como saco de pancada!
Estou feliz e sorriu, mas tenho pena que não sintas o mesmo, que não percebas que é a única forma de não perdemos o pouco que ainda resta da nossa amizade! E quando perceberes vais sorrir e eu já não serei tanto para ti, serei apenas uma amiga com quem tens um passado em comum!
Quero-te ver sorrir...

segunda-feira, 4 de abril de 2011

De volta...

Lá fora a chuva cai, e eu continuo aqui sentada a vê-la cair na esperança que tu chegues e me tires deste pesadelo.
Pouco a pouco os meus olhos tornaram-se maia e mais pesados, pouco demoram a fechar-se por completo, é o fim da minha esperança.
Tu chegas, eu durmo, paras o carro e sobes, bates mas eu continuo a dormir! Insistes e eu acordo com o teu bater brusco na porta, corro para abrir e lá estás tu, à chuva como sempre!
Que lindo que estás, a chuva sempre te favoreceu a cara, mas principalmente os olhos! Eu olho-te à porta, debaixo de chuva e não digo nada, não sei que dizer! E tu sorris, com esse enorme sorriso que só em ti conheço!
“Tinha saudades tuas!”
E tu voltas a sorrir, como se a chuva não te tocasse, não pedes para entrar nem tentas entrar! Pegas na minha mão e fazes-me sair sem sequer te perguntar qual seria o destino, simplesmente fecho a porta e agarro a tua mão com anda mais força! Não podes imaginar o quanto és importante...
Queres que entre no carro, e não precisas de palavras para me fazeres entender isso, eu entro e tu ficas a olhar-me como se fosse a primeira vez que eu estou aqui sentada!
Pouco depois estamos a andar, eu não sei para onde, mas não te pergunto, confio em ti, e se voltas-te depois de tanto tempo longe é porque tens algo importante para me dizer! Mesmo sem te perguntar onde me levas, sinto que só pode ser a um sítio, ao nosso sítio, à nossa praia...
Rapidamente lembro-me de todas as outras viagens que fizemos, estou aqui sentada ao teu lado mas apenas o meu corpo, pois eu estou a viver o passado, a sentir o teu beijo e o teu toque...
Reconheço tudo isto, que saudades que tinha de ver isto ao teu lado... Desde que aqui passamos juntos nunca mais voltei, esta viagem é uma coisa muito nossa, impossível de se fazer de outra maneira...
“Chegamos...”
Sorriu, sempre foste de poucas palavras, poucas mas claras, só com uma palavra tua percebi que tinhas tanto receio do que podia acontecer como eu, e penso “não tenhas, se voltas-te e se eu te aceitei de volta é porque não tinha que terminar!”
Voltas a pegar-me na mão e juntos caminhamos pela fina areia da praia, e chove, chove muito, por isso não há mais ninguém aqui, só eu, tu e o mar!
Tenho tanto para te dizer não sei por onde começar, quero dizer-te o quanto é bom estar aqui outra vez contigo, que tive saudades, que nunca pensei que volta-se...
“Eu nem sei...”
E tu calaste-me, beijaste-me como há muito não o fazias, senti um enorme arrepio percorrer-me e senti aquela adrenalina de quem pisa o risco! Percebi que não queres que fale, queres que viva o momento sem o modificar com palavras.
Tu sorris de uma forma diferente, não encontro significado para esse sorriso... A chuva cada vez é mais mas isso parece não te afectar. De repente sinto a tua mão largar a minha e vejo-te correr para o mar... Fico parada a ver-te mergulhar, tu sorris e chamas-me para junto de ti, mantenho-me parada e tu voltas...
Abraças-me, beijas-me e quando dor por mim estou a sentir as ondas no meu corpo e tu bem perto de mim, sorris...
“Não tenhas medo...”
E eu calo-te, beijo-te e sorriu, querias com tudo isto que confiasse em ti e eu sempre confiei... Abraças-me e aqui ficamos, durante horas, onde ninguém nos separa...
A chuva cai e nós sorrimos...